26 de julho, 2024
Descobre como as fintechs estão a transformar o setor bancário e se os bancos tradicionais conseguem acompanhar esta revolução.
Gerado pela Frigideira
Os bancos tradicionais enfrentam vários desafios que contribuem para a sua perda de relevância no mercado financeiro atual. A falta de inovação e a desconexão com os clientes são dois dos principais fatores:
Esta inércia na modernização permite que fintechs ágeis e inovadoras, como neobancos e plataformas de crowdfunding, conquistem terreno. Elas oferecem soluções mais eficientes e personalizadas, tornando-se mais atraentes para os consumidores modernos.
Para entender melhor como esta transformação está a ocorrer, podes conferir o impacto do Web3 nos bancos e as tendências emergentes no Open Banking.
Os serviços bancários englobam uma variedade de atividades realizadas pelos bancos para gerir dinheiro dos seus clientes. Tradicionalmente, os serviços bancários incluíam depósitos, empréstimos, transferências de dinheiro, e pagamentos. Contudo, com a evolução tecnológica, particularmente impulsionada pelas fintechs, assistimos a uma transformação significativa nesta área.
As fintechs estão a revolucionar o setor, fornecendo serviços mais rápidos, transparentes e orientados para as necessidades dos clientes. Com o aumento da popularidade de serviços como os neobancos, que operam exclusivamente online, torna-se cada vez mais evidente que a transformação bancária está em pleno curso,
As fintechs estão a transformar o mercado bancário de maneiras inovadoras, trazendo soluções mais ágeis e orientadas para o cliente. Aqui estão as principais inovações:
Estas inovações estão a modificar a forma como as pessoas e empresas interagem com os serviços bancários, promovendo maior eficiência, transparência e acesso.
A adaptação dos bancos à era digital enfrenta diversos desafios, sendo um dos principais o legado de sistemas arcaicos. Orlando Costa, no podcast do Bitalk, sublinha que muitos bancos ainda operam com tecnologias antiquadas, dificultando a implementação de novas soluções digitais como o Open Banking.
"Às vezes, a arquitetura informática e técnica é tão complexa e arcaica que faz com que não seja possível fazer uma transposição para outros sistemas", explica Orlando Costa, destacando a prevalência do COBOL em muitas instituições bancárias.
A necessidade de realocar recursos humanos também é um obstáculo significativo. Com a digitalização, muitos processos antes realizados por pessoas são automatizados, e isto implica a requalificação ou até a dispensa de funcionários.
Outros desafios incluem:
Apesar destes desafios, os bancos têm a oportunidade de transformar-se. Ao abraçarem a inovação e reestruturarem os seus modelos operacionais, podem manter a relevância no mercado financeiro. Exemplos de adaptação bem-sucedida incluem a integração com Open Banking e a adoção de soluções de inteligência artificial para a conformidade regulatória.
O Open Banking está a redefinir o setor bancário ao abrir o acesso a dados financeiros que antes eram exclusivos dos bancos. Este conceito permite que bancos e serviços financeiros não tradicionais, como as fintechs, acedam às informações bancárias dos clientes sob autorização.
Para entender melhor as tendências emergentes do Open Banking e como está a abrir novas fronteiras no setor financeiro, podes explorar aqui.
A ética e a regulação são fundamentais no setor das fintechs para garantir a confiança e a segurança nas transações financeiras. Sem uma supervisão adequada, o risco de escândalos como o da FTX aumenta exponencialmente, prejudicando tanto os consumidores como a reputação do setor.
"As pessoas podem dizer que são sérias, mas não basta dizer; tem que ser e parecer", afirma Orlando Costa, sublinhando a importância de uma regulação robusta e transparente.
FTX: Um caso emblemático de falta de regulação. A ausência de controlos robustos permitiu práticas fraudulentas, resultando em perdas massivas para os investidores.
"Quando lidamos com ativos de terceiros, tem que haver uma entidade supervisora", alerta Orlando Costa, enfatizando a necessidade de uma terceira parte na regulação.
No mundo das fintechs, a ética e a regulação andam de mãos dadas, sendo essenciais para a sustentabilidade e crescimento do setor.