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26 de julho, 2024

#130: GOVERNOS CONTROLAM TUDO c/ Marco Oliveira

Explora a durabilidade das criptomoedas e o impacto das moedas digitais dos bancos centrais (CBDCs).

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Gerado pela Frigideira

O que são exchanges centralizadas e descentralizadas?

As exchanges centralizadas e descentralizadas são plataformas usadas para transacionar criptomoedas, mas operam de maneiras distintas.

Exchanges Centralizadas

  • Definição: São geridas por uma entidade ou empresa, que atua como intermediária nas transações.
  • Funcionamento:
    • Os utilizadores depositam fundos na exchange.
    • A empresa facilita a compra e venda de criptomoedas.
  • Vantagens:
    • Maior liquidez.
    • Suporte ao cliente que pode ajudar em caso de problemas.
  • Desvantagens:
    • Risco de hacking.
    • Necessidade de confiar na entidade que gere a exchange.

Exchanges Descentralizadas

  • Definição: Operam sem uma entidade central; as transações são realizadas diretamente entre utilizadores através de smart contracts na blockchain.
  • Funcionamento:
    • Os utilizadores usam as suas próprias carteiras para transacionar.
    • As trocas são facilitadas por contratos inteligentes.
  • Vantagens:
    • Maior privacidade e controle sobre os próprios fundos.
    • Menor risco de hacking devido à ausência de um ponto centralizado.
  • Desvantagens:
    • Menor liquidez.
    • Complexidade técnica pode ser difícil para iniciantes.

Estas plataformas são essenciais para o mercado cripto, oferecendo diferentes níveis de segurança, controlo e conveniência aos utilizadores. Para mais detalhes sobre o ecossistema da blockchain e as suas gerações, vê este artigo sobre a Blockchain de Terceira Geração.

Como funcionam as exchanges e o modelo de negócio da Uphold?

As exchanges de criptomoedas permitem aos utilizadores comprar, vender ou trocar ativos digitais. No entanto, existem nuances no seu funcionamento, especialmente quando falamos de modelos como o da Uphold.

Funcionamento das Exchanges

  • Exchange Centralizada:
    • Os utilizadores depositam fundos na exchange.
    • A plataforma facilita a compra e venda de criptomoedas.
    • Exemplo: Binance, Coinbase.
  • Exchange Descentralizada:
    • Operam através de contratos inteligentes na blockchain.
    • Os utilizadores mantêm o controlo dos seus ativos durante as transações.
    • Exemplo: Uniswap, Sushiswap.

Modelo de Negócio da Uphold

A Uphold funciona como um broker, não como uma exchange tradicional. Aqui está como:

  • Conexão com Múltiplas Exchanges:
    • A Uphold está ligada a 26 livros de encomendas de diferentes exchanges.
    • Permite a arbitragem, comprando e vendendo para aproveitar variações de preços entre exchanges.
  • Intermediação de Transações:
    • Quando um utilizador quer trocar Bitcoin por ações da Tesla, por exemplo, a Uphold aceita a Bitcoin e compra imediatamente as ações, oferecendo uma cotação fixa por um curto período.
    • Garante uma maior eficiência e melhores preços para os utilizadores ao procurar as melhores ofertas no mercado.
  • Transparência e Segurança:
    • A Uphold destaca-se pela sua ênfase na transparência e segurança das transações.
    • Mantém uma posição proativa na conexão e arbitragem entre múltiplas exchanges, garantindo melhores condições para os seus utilizadores.

O que é uma CBDC e como pode impactar as criptomoedas?

As CBDCs (Central Bank Digital Currencies) são moedas digitais emitidas pelos bancos centrais dos países. Estes ativos digitais são concebidos para funcionar como uma versão digital do dinheiro tradicional, mas com características e funcionalidades únicas.

Funcionamento das CBDCs

  • Emissão e Controle: Emitidas e controladas por bancos centrais, substituem o papel-moeda físico por uma forma digital.
  • Transações Digitais: Permitem transações digitais rápidas e seguras, sem intermediários como bancos comerciais.
  • Smart Contracts: Podem incorporar contratos inteligentes (smart contracts), que automatizam e facilitam transações complexas.

Impacto das CBDCs nas Criptomoedas

"As CBDCs têm o potencial de transformar a economia global e a forma como utilizamos o dinheiro digital." – Marco Oliveira

  • Concorrência com Criptomoedas: Podem competir diretamente com criptomoedas como o Bitcoin e Ethereum, oferecendo uma alternativa digital regulamentada.
  • Estabilidade: Oferecem maior estabilidade e segurança, já que são apoiadas por governos e bancos centrais.
  • Regulação e Controle: Aumentam a capacidade dos governos de regular e controlar transações financeiras, potencialmente reduzindo o uso das criptomoedas para atividades ilícitas.

A introdução das CBDCs pode ser um ponto de viragem no mercado cripto, com implicações profundas na economia e na forma como percepcionamos o dinheiro digital. Para compreender melhor o papel das criptomoedas na economia, consulta o [artigo sobre a Blockchain de Terceira Geração](https://bitalk.pt/episodios/71-pt2-rumo-a-marte-blockchain-de-3a-geracao-e-os-negocios-nfts-shit-coins-c-joao-mota

Quais são os riscos e benefícios das criptomoedas?

Investir em criptomoedas pode trazer oportunidades, mas também riscos significativos. Aqui estão os principais pontos a considerar:

Benefícios

  • Potencial de Alta Rentabilidade: As criptomoedas podem oferecer retornos elevados em períodos curtos.
  • Descentralização: Operam sem controle central, proporcionando uma certa autonomia financeira.
  • Transparência e Segurança: Utilizam tecnologia blockchain para garantir transações seguras e transparentes.
  • Acessibilidade Global: Podem ser adquiridas e transacionadas em qualquer parte do mundo.

Riscos

  • Volatilidade do Mercado: O valor das criptomoedas pode flutuar drasticamente num curto espaço de tempo.
  • Risco de Hacking: As exchanges centralizadas podem ser alvos de ataques cibernéticos.
  • Regulação Incerta: As leis e regulamentos sobre criptomoedas variam muito entre países, podendo resultar em restrições ou proibições.
  • Falta de Conhecimento: Investe-se frequentemente sem entender os ativos, aumentando o risco de perdas.

Para entender melhor os desafios e benefícios enfrentados no mercado cripto, podes consultar este artigo sobre a Blockchain de Terceira Geração.

Investir em criptomoedas requer cuidados e, principalmente, conhecimento aprofundado sobre o que estás a adquirir.

O que aconteceu com a FTX e o que podemos aprender?

O escândalo da FTX expôs algumas das fragilidades mais críticas das exchanges centralizadas. Fundada por Sam Bankman-Fried (SBF), a FTX era uma das maiores exchanges até ser revelado um grande esquema de má gestão de fundos.

O Escândalo

A FTX utilizava seu token nativo, o FTT, como colateral para empréstimos e outras operações financeiras. Este token tinha uma valorização significativa no mercado, proporcionando uma falsa sensação de segurança financeira.

"Começaram a usar o FTT como respaldo para empréstimos... No momento em que essa informação veio a público, criou incerteza." - Marco Oliveira

Lições Aprendidas

  • Transparência é Crucial: A falta de transparência sobre a gestão dos tokens e dos fundos dos utilizadores levou à desconfiança e eventual colapso.
  • Segurança Primeira: Depender de um único ativo para operações financeiras internas é arriscado. Diversificação e colateral sólido são essenciais.
  • Regulação Adequada: A necessidade de uma supervisão mais rigorosa torna-se evidente para proteger os investidores.

Este escândalo sublinha a importância da diligência, segurança e transparência nas operações das exchanges centralizadas, oferecendo um alerta para todo o mercado cripto.

As criptomoedas têm realmente um futuro?

A sustentabilidade a longo prazo das criptomoedas é um tema quente. Vamos olhar para alguns fatores que podem influenciar a sua permanência no mercado:

Fatores Positivos

  • Adoção Institucional: Grandes empresas estão a investir cada vez mais em criptomoedas.
  • Inovação Tecnológica: A contínua evolução da tecnologia blockchain, como discutido no artigo sobre a Blockchain de Terceira Geração, promete trazer novas oportunidades e usos.
  • Descentralização: A falta de controlo central é vista como um retorno à liberdade financeira.

Fatores Negativos

  • Regulação Governamental: Vários países ponderam restrições ou proibições, o que pode limitar a sua utilização.
  • Volatilidade: A flutuação significativa dos preços pode desencorajar tanto investidores quanto utilizadores do dia-a-dia.
  • Segurança: Riscos de hacking e fraudes continuam a ser um grande obstáculo.

A longo prazo, o equilíbrio entre inovação e regulamentação determinará se as criptomoedas vieram realmente para ficar.

Questões Frequentes