26 de julho, 2024
Descobre as estratégias da Aptoide para competir com gigantes como a Google e a Apple no mercado das App Stores.
Gerado pela Frigideira
Muito se fala sobre a possível morte das aplicações móveis, mas será mesmo o caso? Desde que o HTML5 surgiu há cerca de 10 anos, muitos previram o fim das apps. No entanto, essa previsão não se concretizou. As apps continuam a fazer parte integrante do nosso dia-a-dia.
Na verdade, o envolvimento dos utilizadores com as apps tem aumentado de forma constante. A média de aplicações instaladas nos telemóveis varia conforme o país, mas aproximadamente, cada pessoa possui cerca de 70 apps.
Ainda mais revelador é o tempo dedicado às apps. Dependendo da faixa etária e da localização geográfica, o uso diário de telemóveis através de apps varia entre duas a quatro horas. Este tempo é distribuído entre comunicação (messaging), entretenimento (jogos, podcasts) e informação.
Então, não, as apps não estão a morrer. Pelo contrário, estão muito vivas e continuam a evoluir, como se pode observar em startups tecnológicas que trabalham arduamente para se manterem competitivas num mercado dominado por gigantes. Para mais detalhes sobre "como enfrentar gigantes tecnológicos" e os desafios das startups, podes explorar outros episódios no nosso podcast.
Competir com gigantes como a Google e a Apple no mercado das App Stores não é tarefa fácil. A Aptoide, sob a liderança de Paulo Trezentos, enfrenta desafios significativos, desde práticas monopolistas até a necessidade constante de inovação.
Para sobreviver e prosperar, a Aptoide adota várias estratégias inteligentes:
Além disso, a Aptoide tem enfrentado diretamente a Google em tribunais, apresentando queixas tanto na Comissão Europeia como no Department of Justice americano. Estes processos são importantes para garantir uma competição justa e equilibrada no mercado digital.
Assim, a Aptoide demonstra que, com resiliência e estratégias criativas, é possível desafiar até os maiores players do mercado.
A Aptoide, liderada por Paulo Trezentos, enfrentou diversas batalhas contra a Google, recorrendo à Comissão Europeia e ao Department of Justice americano. E porquê? Acusações de práticas anticoncorrenciais.
Em 2014, a Google cortou abruptamente as receitas de publicidade da Aptoide, que dependia do serviço Google AdSense. Este movimento teve um impacto devastador, eliminando 85% das receitas da startup de um dia para o outro.
Outra atitude da Google envolveu o uso do Google Play Protect, um suposto antivírus que marcava a app da Aptoide como maliciosa, escondendo-a dos utilizadores sem aviso prévio. Esta ação removeu automaticamente a aplicação de muitos dispositivos, prejudicando gravemente a base de utilizadores.
Para combater estas práticas, a Aptoide não apenas fez uma queixa formal, como também lançou uma campanha chamada Google Play Fair, ganhando visibilidade mediática e pressão suficiente para forçar a Google a comunicar diretamente.
Estas ações revelam os enormes desafios de startups como a Aptoide em "como enfrentar gigantes tecnológicos". Para mais exemplos de dificuldades enfrentadas por startups, podes consultar outros episódios no nosso podcast.
O Digital Markets Act (DMA) é uma legislação da União Europeia que visa regular as grandes empresas de tecnologia, conhecidas como Big Techs. Este ato foi aprovado recentemente pelo Parlamento Europeu e define as regras para estas gigantes do setor tecnológico, também chamadas de gatekeepers.
O DMA estabelece responsabilidades específicas para as Big Techs, especialmente aquelas que faturam mais de 700 milhões de euros por ano. As principais mudanças incluem:
Para empresas como a Aptoide, o DMA traz um alívio significativo. Abre possibilidades para um terreno mais nivelado, permitindo-lhes competir em igualdade de condições com gigantes como a Google e a Apple. Isso não só facilita a entrada de novos players no mercado, mas também estimula a inovação, garantindo que estas empresas não estejam sufocadas por práticas monopolistas.
O DMA é, portanto, um passo crucial para assegurar uma economia de mercado mais justa e competitiva na era digital.
As Big Techs utilizam os efeitos de rede para dominar o mercado e impedir a entrada de novos concorrentes. Estes Network Effects tornam-se uma grande barreira à inovação e competição.
Os efeitos de rede ocorrem quando o valor de um serviço aumenta à medida que mais pessoas o utilizam. Por exemplo, numa plataforma como o Facebook, cada novo utilizador aumenta o valor da rede para todos os outros utilizadores. É um ciclo vicioso que beneficia os grandes players.
Além de dominar um mercado específico, as Big Techs expandem-se horizontalmente. A Google, por exemplo, não se limita à pesquisa. Também controla o mercado de vídeo com o YouTube, publicidade digital, e serviços de cloud. Esta estratégia impede que startups e empresas mais pequenas floresçam nestas áreas.
Para manterem o domínio, elas recorrem a práticas muitas vezes interpretadas como anticoncorrenciais. A Google foi alvo de queixas na Comissão Europeia e no Department of Justice por bloquear concorrentes nas suas plataformas e ocupar predominantemente o espaço publicitário.
Estas técnicas culminam numa realidade onde a inovação fica sufocada. Produtos e serviços novos encontram dificuldades em emergir num mercado controlado por um punhado de gigantes tecnológicos.
O impacto é evidente: menos inovação, menos concorrência e um mercado digital menos dinâmico.
O futuro das App Stores está a direcionar-se para uma maior fragmentação e especialização. Em vez de termos apenas grandes plataformas como a Google Play e a App Store da Apple, é possível que vejamos um aumento de lojas de aplicações especializadas.
Especialização será uma tónica dominante. Poderemos ter lojas dedicadas exclusivamente a jogos, outras focadas em desporto, ou ainda aquelas direcionadas para aplicativos de produtividade empresarial. Esta especialização permitirá que os utilizadores encontrem mais facilmente o que procuram, oferecendo uma experiência mais personalizada.
Adicionalmente, a fragmentação do mercado será impulsionada pela entrada de novos players. Fabricantes de telemóveis poderão lançar as suas próprias lojas de aplicações, oferecendo apps que tiram maior partido das características específicas dos seus dispositivos. Por exemplo, a Xiaomi já possui a Mi Store, que se destaca na Índia, aproveitando o boom de utilizadores de dispositivos Xiaomi.
Por fim, a concorrência aumentada entre as lojas de aplicações trará benefícios significativos para os utilizadores e developers. Com mais opções no mercado, os serviços serão melhores, os custos mais competitivos, e a inovação será estimulada.
Estas previsões sugerem um cenário onde as App Stores serão muito mais diversificadas, tornando-se um terreno fértil para a inovação e criatividade.
A Inteligência Artificial (IA) está a transformar profundamente o mercado digital e a pesquisa online. Ferramentas como o ChatGPT estão a revolucionar a forma como interagimos com a informação e a tecnologia.
O ChatGPT, por exemplo, permite uma pesquisa mais eficiente e personalizada. Em vez de mostrar uma lista de links, ele fornece respostas diretas e precisas, melhorando a experiência do utilizador. Esta ferramenta é especialmente útil para pesquisas específicas que exigem contextualização e interpretação mais aprofundada.
Para os Indie Hackers, por exemplo, ferramentas de IA como ChatGPT podem facilitar desde a programação até à criação de conteúdos. Já na produção musical, a IA está a democratizar o acesso às ferramentas de produção, permitindo que mais pessoas se envolvam neste processo criativo, como explorado no episódio "O fim dos músicos com inteligência artificial".
A tendência aponta para um futuro onde a IA não só continua a transformar o mercado digital, mas também facilitaria o surgimento