26 de julho, 2024
Explora as previsões para a Bitcoin e as inovações da Blockchain de terceira geração com insights exclusivos de João Mota.
Gerado pela Frigideira
A blockchain de terceira geração traz inovações significativas para além das gerações anteriores, oferecendo maior eficiência e novas funcionalidades.
Enquanto a primeira geração, representada pela Bitcoin, foca na criação de um sistema descentralizado para transações de valor, a segunda geração, exemplificada pelo Ethereum, introduziu smart contracts, permitindo a execução de lógicas de negócios complexas diretamente na blockchain.
A terceira geração destaca-se por ser mais adaptável e adequada para usos empresariais. Dois exemplos notáveis são:
Essas blockchains de terceira geração são muitas vezes privadas ou híbridas, combinando a descentralização com um controle de acesso mais restrito. Elas utilizam variados mecanismos de consenso, como Proof of Stake e PBFT (Practical Byzantine Fault Tolerance), reduzindo a necessidade de energia e aumentando a eficiência.
Em resumo, a blockchain de terceira geração facilita a integração empresarial ao oferecer soluções mais práticas, seguras e escaláveis, sem comprometer a confiança e a descentralização que caracterizam as blockchains.
João Mota acredita que a Bitcoin já provou a sua solidez como repositório de valor. O seu papel de "ouro digital" emerge da sua resiliência e do comportamento de mercado ao longo dos anos. Mesmo com a sua alta volatilidade, os seus mínimos sobem consistentemente desde 2009, indicando uma tendência de valorização a longo prazo.
Ele destaca que a Bitcoin não é ideal para transações diárias, devido às suas flutuações rápidas. No entanto, tornou-se uma espécie de refúgio seguro em tempos de incerteza económica e crises políticas, onde investidores veem na Bitcoin uma forma de proteger os seus ativos.
No entanto, Mota também aponta que ainda há muitos desafios pela frente, principalmente a nível regulatório. Governos e entidades reguladoras têm o potencial de influenciar o uso da Bitcoin, mas a sua descentralização e a capacidade de atuar fora dos sistemas tradicionais de banco dão-lhe uma robustez única. Assim, enquanto o seu uso diário pode ser limitado, a sua posição como repositório de valor parece garantida no futuro próximo.
A mineração de Bitcoin consome uma quantidade significativa de energia, semelhante ao consumo energético de um país como a Austrália. Este alto consumo resulta do uso de um método chamado "Proof of Work", que requer poder computacional intenso para resolver problemas matemáticos complexos.
As farms de mineração, onde essas máquinas estão instaladas em larga escala, procuram locais onde a energia é barata. Muitas vezes, instalam-se em países como a China, a Mongólia e, atualmente, a Argentina. Embora algumas farms utilizem energias renováveis, a realidade é que muitas ainda dependem de fontes não-sustentáveis, agravando o impacto ambiental.
Portanto, a localização das farms de mineração desempenha um papel crucial na sustentabilidade da mineração de Bitcoin. Se estas farms se situarem em regiões onde predomina o uso de energia não-renovável, o efeito ambiental pode ser severo.
Os NFTs, ou Tokens Não Fungíveis, desempenham um papel essencial no ecossistema das criptomoedas. A sua principal característica é a unicidade e indivisibilidade, ao contrário das moedas digitais comuns, como Bitcoin ou Ethereum, que são fungíveis e divisíveis em pequenas partes.
Os NFTs ganharam destaque a partir dos CryptoKitties, um jogo digital lançado em 2017, onde os utilizadores podiam colecionar e criar gatinhos virtuais únicos. Estes tokens revolucionaram a forma como vemos ativos digitais, transformando qualquer item digital num objeto de valor único e colecionável.
A tecnologia que possibilita a existência dos NFTs são os smart contracts do Ethereum. Estes contratos inteligentes permitem a criação, gestão e transferência de NFTs de forma segura e transparente. Cada NFT é registrado num smart contract, garantindo a sua autenticidade e propriedade.
Em resumo, os NFTs representam uma nova forma de propriedade digital. Eles abrem portas para inúmeras aplicações, desde arte digital a itens de videojogos, alterando a perceção e o valor dos ativos digitais numa era dominada pela tecnologia blockchain.
As criptomoedas e a tecnologia blockchain têm vindo a transformar a forma como os negócios operam, oferecendo soluções inovadoras e eficientes.
No setor financeiro, algumas empresas já aceitam pagamentos em criptomoedas, fornecendo uma alternativa moderna às transações tradicionais. A startup U-Trust, por exemplo, desenvolveu uma plataforma que permite às empresas aceitarem cripto como método de pagamento, garantindo segurança e transparência.
Além disso, as criptomoedas são usadas para tokenização de ativos. Isto significa converter direitos de ativos reais em tokens digitais na blockchain. Por exemplo, um imóvel pode ser dividido em várias partes menores, cada uma representada por um token, permitindo investimentos mais acessíveis.
Outro uso relevante está na gestão de cadeias de abastecimento. A blockchain permite rastrear o percurso de produtos desde a origem até ao consumidor, garantindo autenticidade e minimizando fraudes. Empresas do setor alimentar já utilizam blockchain para garantir a qualidade e segurança dos seus produtos.
Por fim, destaca-se a aplicação em contratos inteligentes ou smart contracts. Estes contratos, programados na blockchain do Ethereum, são autoexecutáveis e eliminam intermediários, reduzindo custos e aumentando a eficiência. Startups como a V-ID utilizam estes contratos para a verificação de documentos e certificação digital.
Em suma, a integração de criptomoedas e blockchain nos negócios oferece inúmeras vantagens, desde a redução de custos operacionais até à melhoria da transparência e confiança nas transações.
Para uma discussão adicional sobre como as tecnologias emergentes podem influenciar o futuro dos negócios, podes consultar a visão ousada apresentada por Maria Cunha.