29 de julho, 2024
Descobre como o jornalismo e as startups se entrelaçam no cenário português atual, com insights da autora Ana Pimentel.
Gerado pela Frigideira
No contexto das startups, um unicórnio é uma empresa privada avaliada em mais de mil milhões de dólares. Esta mítica designação surge pela raridade em alcançar tal estatuto, misturando um pouco de magia com a realidade corporativa.
A avaliação destas startups acontece principalmente através das rondas de investimento. Durante estas rondas, investidores privados injetam capital na empresa, e com cada nova ronda, a avaliação da empresa aumenta proporcionalmente à quantidade investida e ao volume de participação adquirido pelos investidores.
Ana Pimentel referiu alguns exemplos concretos de unicórnios portugueses nas suas entrevistas, como a Farfetch. Esta empresa é um exemplo notável não só pelo seu sucesso, mas também pelo seu percurso até à bolsa, enfrentando desafios complexos e um contexto repleto de incertezas financeiras. Outra referência é a Talkdesk, uma startup que revolucionou a forma como os call centers operam, destacando-se pela inovação tecnológica e pelo crescimento rápido.
Estes exemplos demonstram como, apesar do misticismo associado aos unicórnios, o caminho até lá é repleto de desafios e estratégias sólidas de investimento e crescimento.
O jornalismo enfrenta uma crise profunda e complexa nos dias de hoje. Ana Pimentel destaca a escassez de recursos como um dos principais desafios. A falta de financiamento adequado leva a redações com menos jornalistas, que são obrigados a cobrir uma grande variedade de temas sem a devida especialização.
A batalha contra as fake news e a desinformação é outra frente crítica. Com a proliferação de notícias falsas e informações distorcidas, a credibilidade do jornalismo é constantemente posta à prova. Ana aponta para a importância de lutar tanto contra as fake news como contra a desinformação, que são fenómenos distintos mas igualmente prejudiciais.
Por exemplo, Vera Moura, da Time Out Lisboa, também menciona a necessidade de reinvenção nos meios de comunicação. Ela acredita que, embora as revistas e jornais enfrentem um forte impacto negativo, a chave está em entender como as pessoas consomem informação hoje e adaptar-se a essas novas preferências.
Por tudo isso, a profissão de jornalista nunca foi tão essencial nem tão desafiadora. É urgente encontrar soluções que permitam não apenas a sobrevivência, mas a prosperidade do jornalismo num mundo cada vez mais digitalizado.
As startups transformaram radicalmente o panorama económico em Portugal, especialmente desde a crise de 2008. Naquela época, o país enfrentava uma grave crise financeira e económica que resultou em alta taxa de desemprego e emigração de talentos.
Com o surgimento de incubadoras e eventos de empreendedorismo, como a Startup Lisboa e a Associação para a Promoção do Empreendedorismo (BETA-I), novos horizontes abriram-se. Estes espaços proporcionaram suporte essencial para ideias inovadoras transformarem-se em negócios viáveis.
A chegada da Web Summit a Lisboa em 2016 foi um marco significativo. Este evento global atraiu investidores, empreendedores e talentos de todas as partes do mundo, o que ajudou a posicionar Lisboa como um hub tecnológico de referência. Foi um impulso para a economia, criando novas oportunidades de emprego altamente qualificado.
Hoje, Portugal destaca-se pela sua comunidade vibrante de startups tecnológicas, contribuindo para a diversificação da economia e a criação de novas indústrias. Isto não seria possível sem o ambiente propício fomentado por incubadoras, investimentos e a realização de grandes eventos como a Web Summit.
Os jornalistas têm um impacto significativo no ecossistema de startups. Através da cobertura de histórias inspiradoras e educativas, eles ajudam a moldar a percepção pública sobre o empreendedorismo e potencializam o crescimento de novas empresas.
Os jornalistas especializados desempenham um papel vital ao investigar e divulgar histórias que vão além dos números. Ao contar histórias de sucesso e fracasso, eles proporcionam lições valiosas para empreendedores emergentes. Este tipo de jornalismo não apenas informa, mas também inspira e educa, criando uma comunidade mais bem informada e resiliente.
Adicionalmente, os jornalistas atuam como mediadores de conhecimento. Eles traduzem conceitos complexos de tecnologia e negócios para o público em geral, tornando o ecossistema de startups mais acessível. Esta mediação é crucial, principalmente em temas novos e tecnológicos, onde a clareza e a precisão são essenciais.
Por fim, a especialização é fundamental. Jornalistas especializados conseguem identificar tendências, avaliar a veracidade de informações e destacar iniciativas promissoras. A sua capacidade de aprofundar temas e criar narrativas coesas é essencial para um jornalismo de qualidade.
Para mais detalhes sobre a importância dos investidores nas startups portuguesas, consulta este artigo.
Estas estratégias podem não só aumentar a visibilidade da tua startup, mas também fortalecer a relação com a imprensa e criar uma imagem mais positiva e confiável no mercado.