26 de julho, 2024
Descobre as experiências e insights de Rui Bom sobre o empreendedorismo na Ásia, desde a sua jornada na China até ao Japão.
Gerado pela Frigideira
Rui Bom tomou a decisão de se mudar para a Ásia baseado numa mistura de curiosidade, espírito aventureiro e busca por novas oportunidades. Durante uma conversa, ele revela que a sua mãe não apoiava a ideia da mudança para a China, preferindo que ele ficasse num emprego estável em Portugal. No entanto, Rui optou por seguir o seu instinto, despedindo-se para explorar a Índia e, posteriormente, a China.
Esta mudança não só trouxe um novo rumo para a sua carreira, como também moldou a sua vida pessoal. Rui encontrou na Ásia um território cheio de desafios e experiências enriquecedoras, como afirmou durante a entrevista. Uma dessas oportunidades foi participar no programa Contacto, que o levou a Xangai, onde a sua paixão pelo empreendedorismo na Ásia começou a florescer.
A decisão de se aventurar no estrangeiro e de se imergir numa cultura tão diferente da europeia, proporcionou-lhe uma nova perspectiva sobre trabalho, vida e objetivos pessoais. Esta experiência acabou por ser o catalisador que introduziu Rui no mundo das startups e que definiu o trajeto da sua futura carreira em consultoria de startups e ecossistemas empreendedores.
Rui Bom iniciou a sua jornada no empreendedorismo de forma um tanto inesperada. Sem nunca ter sido empreendedor durante a juventude, a sua transição para esse mundo aconteceu de maneira gradual e natural. Após várias experiências pessoais que exigiam foco e consistência, Rui percebeu que essas competências poderiam ser aplicadas no empreendedorismo.
A sua primeira grande aventura foi a criação da startup 30k em Xangai, em 2012. Juntamente com os seus co-fundadores, Rui desenvolveu uma tecnologia inovadora que permitia calcular as milhas aéreas acumuladas por cada voo. No entanto, a startup enfrentou dificuldades iniciais ao tentar lançar um site B2C, o que rapidamente os levou a pivotar para um modelo B2B, oferecendo um API a grandes empresas como a Expedia e o Skyscanner.
Os desafios culturais, como as longas negociações com grandes empresas e a dificuldade em medir o impacto da tecnologia no comportamento do consumidor, tornaram a jornada árdua. Contudo, a persistência e resiliência de Rui tornaram-se ingredientes cruciais para navegar o difícil caminho do empreendedorismo na Ásia.
Quer saber mais sobre o impacto dessas experiências no percurso de um empreendedor? Descobre também as próximas etapas da Fábrica de Startups e como outros têm inovado no panorama empresarial.
Estas diferenças culturais destacam como as normas e práticas locais podem influenciar significativamente o estilo de trabalho e as estratégias de uma startup. Para mais insights sobre desafios empresariais, vê a importância do fracasso e resiliência.
O ecossistema de startups no Japão está num ponto interessante de evolução, segundo Rui Bom. Cidade vibrante e tecnologicamente avançada, Tóquio oferece um cenário único para empreendedores. No entanto, desafios culturais e estruturais ainda precisam de ser superados.
Existem várias dificuldades. A barreira linguística é uma delas, pois muitos japoneses ainda não falam inglês fluentemente. Esta limitação complica a internacionalização das startups. Além disso, o forte sentido de coletivismo japonês frequentemente vê o empreendedorismo individualista como negativo.
Outro obstáculo é a natureza hierárquica das empresas japonesas, que pode tornar o processo de tomada de decisão lento. A pressão para alcançar a perfeição antes de lançar produtos também é elevada, contrastando com a abordagem mais experimental vista noutras culturas.
Apesar disso, há oportunidades. Rui Bom observa um aumento no interesse de VCs internacionais e programas de aceleração, como o Plug and Play, em apoiar startups japonesas. Governos locais também estão a criar incentivos para atrair novos empreendedores para regiões como Fukuoka e Osaka.
Para mais detalhes sobre os desafios e avanços no empreendedorismo, podes ver as iniciativas da Fábrica de Startups.
Cada um desses conselhos práticos de Rui Bom pode ajudar a transformar obstáculos em oportunidades.
Rui Bom tem uma visão otimista sobre o futuro do empreendedorismo na Ásia, especialmente no Japão, mas reconhece os desafios que ainda precisam ser superados. Ele observa um crescente interesse de investidores e aceleradoras internacionais, como a Plug and Play, em apoiar startups japonesas. Rui acredita que este movimento criará novas oportunidades para empreendedores locais e internacionais.
Contudo, ele enfatiza que para o ecossistema de startups no Japão realmente florescer, é crucial ultrapassar barreiras culturais e linguísticas. O Japão possui uma cultura de perfeição e hierarquia, que pode dificultar a agilidade e inovação típicas das startups. No entanto, com o crescente apoio governamental e a abertura para ideias estrangeiras, Rui vê um futuro promissor.
Rui Bom espera que inovações e colaborações internacionais continuem a moldar o cenário, levando a uma maior diversidade e fortalecimento do empreendedorismo na Ásia. Este espírito de colaboração pode tornar-se um ponto de viragem para a próxima geração de inovadores nipónicos, transformando desafios em oportunidades.
Para mais detalhes sobre o papel do fracasso e resiliência no empreendedorismo, podes ver sobre a importância do fracasso e resiliência.