26 de julho, 2024
Descobre os segredos para investir em startups com sucesso, com insights de Eduardo Sette Câmara, Head of Acceleration na Beta-i.
Gerado pela Frigideira
Uma política clara de investimento é essencial para fomentar um ecossistema de inovação vibrante e funcional. Eduardo Sette Câmara ressalta que o Estado deve reconhecer as suas limitações e transferir responsabilidades ao setor privado de forma responsável. Este reconhecimento facilita enormemente a vida dos investidores e permite que o mercado se movimente de maneira mais eficiente.
O papel do Estado deve ser de guia e apoio, enquanto os investidores e empreendedores se focam na execução e movimentação do mercado. Através de investimentos estratégicos em fundos de investimento, em vez de investimentos diretos em startups, é possível mostrar aos potenciais investidores a viabilidade e a rentabilidade da classe de ativos, atraindo assim mais capital para o setor.
Por exemplo, a importância da confiança entre investidores e empreendedores é fundamental para criar um ambiente propício ao crescimento da inovação. Este alinhamento de interesses e responsabilidades resulta num mercado mais dinâmico e com maior potencial de sucesso para as novas empresas.
Investir diretamente em startups pode ser um grande desafio para o Estado e para investidores em geral. Eduardo Sette Câmara destaca alguns dos principais riscos e dificuldades:
Estes desafios mostram porque o investimento em startups é melhor conduzido por fundos especializados, que têm a experiência e os recursos necessários para gerir o risco e identificar boas oportunidades.
Identificar uma boa oportunidade de investimento é fundamental para garantir retornos positivos e minimizar riscos.
Para mais estratégias eficazes, consulta as estratégias recomendadas por outros empreendedores.
Construir um relacionamento com investidores antes de precisar de financiamento é essencial. Para começar, envolve-os na jornada da tua startup desde cedo. Mostra-lhes o que estás a fazer e pede a opinião deles. Eles vão sentir-se parte do processo.
Mantém a comunicação regular. Não esperes até estar desesperado por dinheiro! Oferecer atualizações frequentes demonstra transparência e compromisso. Dá-lhes confiança de que estás a cumprir com os teus objetivos.
Uma dica valiosa é procurar apresentações aquecidas (warm intros). Conhece alguém que tenha uma ligação ao investidor? Pede para ser apresentado. A diferença entre um e-mail frio e uma introdução personalizada pode ser enorme.
Outra estratégia eficaz é conhecer o portefólio do investidor. Conecta-te com fundadores das startups que eles já apoiaram. Isso não só te dá uma visão sobre o investidor como também pode resultar numa apresentação pessoal.
Por fim, lembra-te de que o engajamento dos investidores na tua jornada é um processo contínuo. É crucial construir uma relação baseada na confiança e no respeito mútuo, abrindo caminho para um investimento mais fácil e eficaz quando chegares a essa fase crucial.
Para saber mais sobre como fortalecer estas relações, ouve o episódio sobre startups e investimento com João Jesus, e aprende com experiências reais.
Segundo Eduardo Sette Câmara, os investidores cometem dois erros principais: investir na startup errada e não investir na startup certa. Estes equívocos podem ter consequências significativas no desempenho dos fundos de investimento.
Investir na startup errada é um erro comum. Eduardo exemplifica através da Bessemer Ventures, uma das gestoras de venture capital mais antigas do mundo. Apesar de seu sucesso, a Bessemer tem uma página dedicada ao "anti-portfólio", onde listam empresas como Google, FedEx e Apple, às quais disseram não.
Por outro lado, não investir na startup certa também é um erro frequente. Os investidores, muitas vezes, falham ao visualizar o potencial de mercado que os empreendedores enxergam. Eduardo menciona que às vezes o investidor simplesmente "não vê" o potencial, o que pode resultar numa oportunidade perdida.
Ambos os erros sublinham a importância de uma análise cuidadosa e um julgamento bem-informado. Investir em startups envolve um equilíbrio delicado entre identificação de oportunidades e gestão de riscos, requisitos vitais para êxitos futuros.
Portugal destaca-se pela sua multiculturalidade e isso representa uma enorme vantagem no ecossistema de inovação. Este caldeirão cultural atrai profissionais de todo o mundo, criando uma riqueza de perspetivas únicas e inovadoras.
Ter uma diversidade de opiniões e experiências permite abordar problemas de diferentes ângulos, levando a soluções mais criativas e eficazes. Nos EUA, já se fala há algum tempo do conceito de echo chambers, onde ideias semelhantes são refletidas de volta, criando um ambiente que pode ser limitado. Em Portugal, a multiculturalidade quebra estas barreiras, promovendo inovações disruptivas.
Além disso, a interação entre culturas e disciplinas distintas resulta em novas formas de organização de trabalho, facilitando colaborações inovadoras e especializadas, conforme detalhe no nosso artigo sobre indie hackers.
Portanto, ao proporcionar um ambiente onde diferentes culturas e modos de pensar coexistem, Portugal posiciona-se como um hub global de inovação, refletindo o espírito de exploração que sempre caracterizou o povo português.