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26 de julho, 2024

NEGÓCIOS PELO MUNDO c/ Rui Palhais - Transformation Manager OGMA | Bitalk #44

Descobre as estratégias e princípios que Rui Palhais utiliza para transformar empresas pelo mundo.

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Gerado pela Frigideira

Qual a importância de criar valor para o cliente?

Criar valor para o cliente é essencial para garantir a sustentabilidade e o sucesso de qualquer negócio. Mas o que significa realmente este conceito e como podemos identificá-lo?

  • Compreender as necessidades do cliente: O primeiro passo é entender profundamente o que o cliente valoriza e necessita. Isto implica ir além da satisfação básica e procurar o que faz a diferença para ele.
  • Eliminar desperdícios: Focar-se apenas no que o cliente está disposto a pagar. Isso inclui otimizar processos e reduzir atividades que não adicionam valor, como os sete desperdícios que veremos noutro tópico.
  • Adicionar características desejadas: Inovar com funcionalidades e melhorias que resolvem problemas específicos do cliente, aprimorando a sua experiência global com o produto ou serviço.
  • Feedback constante: Manter um canal de comunicação aberto e regular com os clientes para ajustar e aperfeiçoar continuamente a oferta. Isso também alimenta a melhoria contínua na empresa.

Criar valor para o cliente não é uma tarefa simples, mas é uma jornada contínua de entendimento e adaptação às suas necessidades.

Como identificar e eliminar desperdícios na empresa?

Eliminar desperdícios é crucial para aumentar a eficiência e criar fluxo nos processos empresariais. Existem sete desperdícios principais (ou mudas) que devem ser identificados e eliminados. Vamos detalhá-los:

  1. Movimento de pessoas:
    • Pessoas a movimentarem-se desnecessariamente durante o trabalho não adicionam valor. Mapear os fluxos e redesenhar espaços pode minimizar esse desperdício.
  2. Tempo de espera:
    • Pessoas ou processos parados por qualquer motivo representam uma perda. É necessário identificar gargalos e recalibrar o fluxo de trabalho.
  3. Transporte desnecessário:
    • O movimento de materiais e informações sem necessidade deve ser eliminado. Automatizar e centralizar processos de logística pode ajudar.
  4. Excesso de processamento:
    • Realizar tarefas que não trazem benefícios ao cliente deve ser evitado. Processos devem ser simplificados ao essencial.
  5. Inventário e Stock em excesso:
    • Manter mais materiais do que o necessário implica custos elevados. Implementar uma gestão de stock eficiente e ajustar os níveis conforme a demanda é essencial.
  6. Produção excessiva:
    • Produzir mais do que o necessário resulta em excesso de inventário. A produção deve ser alinhada com a procura real dos clientes.
  7. Defeitos:
    • Produtos defeituosos ou não conformes exigem retrabalho e desperdiçam recursos. Investir em qualidade e prevenção de defeitos é fundamental.

Ao eliminar esses desperdícios, a empresa pode focar-se no que realmente importa para o cliente, criando mais valor e eficiência. Para mais sobre como melhorar os processos de uma startup, consulta este episódio

O que é o conceito de Gemba e como aplicá-lo?

O conceito japonês de Gemba refere-se ao "local real" onde as coisas acontecem. Para resolver problemas e impulsionar melhorias, é essencial visitar o Gemba.

"Vai até ao sítio onde acontece a atividade, observa e entende os detalhes para implementar melhorias mais eficazes."

Aplicar o Gemba implica abandonar o escritório e deslocar-se até onde os processos realmente ocorrem. Se a equipa enfrenta desafios, junta-te a ela no terreno, vê os obstáculos e atua com base no que realmente importa.

Esta abordagem permite uma visão descomplicada e prática, ajudando a identificar desperdícios e oportunidades diretamente na fonte. Portanto, arregaça as mangas e vai ao Gemba!

Como envolver a equipa na melhoria contínua?

Envolver a equipa na melhoria contínua é fundamental para o sucesso da transformação empresarial. Aqui estão algumas formas de criar um ambiente colaborativo:

  • Comunicação aberta: Incentiva a partilha de ideias e problemas sem medo de represálias. Criar um clima de confiança é essencial.
  • Participação ativa: Envolve os colaboradores em projetos de melhoria. Dar-lhes responsabilidade aumenta o empenho e a sensação de pertença.
  • Formação contínua: Oferece treinamentos regulares para atualizar competências. Um colaborador bem preparado contribui mais eficazmente para os objetivos da empresa.
  • Feedback regular: Implementa ciclos de feedback frequentes. Saber como estão a progredir e onde podem melhorar mantém a equipa focada.
  • Reconhecimento e recompensa: Premeia os esforços e sucessos. O reconhecimento motiva e incentiva a repetição de boas práticas.

Envolver a equipa na melhoria contínua não é apenas uma estratégia, mas uma necessidade para uma empresa que deseja prosperar.

Qual o papel da gestão visual na transformação empresarial?

A gestão visual desempenha um papel crucial na transformação empresarial. Ao proporcionar uma representação clara e visual dos dados e processos, torna-se mais fácil comunicar e alinhar a equipa em torno dos objetivos da empresa.

Benefícios da Gestão Visual:

  • Comunicação Clara: Facilita a comunicação de informações complexas de maneira simples, utilizando gráficos, fluxogramas e quadros de indicadores. Isso reduz a necessidade de longas explicações e ajuda a equipa a entender rapidamente a situação atual.
  • Deteção de Desvios: Com uma gestão visual eficaz, é mais fácil identificar onde os processos não estão a ser seguidos corretamente. Por exemplo, post-its de cores diferentes podem ser usados para assinalar etapas completas e etapas com problemas.
  • Foco no Essencial: Ajuda a equipa a centrar-se no que é realmente importante, evitando distrações. Por exemplo, um quadro Kanban pode mostrar o progresso das tarefas e destacar onde é necessário intervir.

Exemplos Práticos:

  1. Quadros de Desempenho: Instalar quadros em áreas de trabalho com indicadores de desempenho chave (KPIs). Estes quadros mostram dados em tempo real e ajudam a perceber imediatamente se os objetivos estão a ser alcançados.
  2. Fluxogramas de Processo: Utilizar fluxogramas para mostrar os passos de um processo. Isso permite que todos entendam as etapas e onde podem aparecer desperdícios ou ineficiências.
  3. Mapas de Fluxo de Valor (VSM): Criar mapas de fluxo de valor para identificar onde o valor é criado e onde estão os desperdícios no processo. Isso ajuda na tomada de decisões sobre onde focar as melhorias.

Quando é necessário implementar processos numa startup?

Definir o momento certo para implementar processos numa startup sem comprometer a flexibilidade é crucial para o sucesso.

  • Estabilidade nas operações: Quando a startup começa a ver um padrão consistente nas suas operações e no atendimento ao cliente, é um sinal de que processos podem ser necessários. A implementação de processos ajuda a garantir que estas atividades sejam realizadas de forma eficiente e consistente.
  • Crescimento da equipa: A introdução de novos colaboradores pode criar a necessidade de processos claros para garantir que todos estão alinhados e sabem o que fazer. Isto ajuda a manter a comunicação eficiente e minimiza a confusão.
  • Problemas recorrentes: Se a startup enfrenta os mesmos problemas repetidamente, pode ser uma indicação de que processos devem ser definidos para resolver esses desafios. A repetição de erros sinaliza a necessidade de uma abordagem mais estruturada.
  • Demanda elevada: Quando a procura pelos produtos ou serviços aumenta significativamente, os processos podem ajudar a gerir este crescimento de maneira organizada e escalável.

Identificar o momento certo para implementar processos numa startup é uma questão de sensibilidade e equilíbrio. Foca-te no essencial sem sufocar a agilidade que caracteriza as startups.

Como gerir a transformação em empresas de grande dimensão?

Gerir a transformação em empresas de grande dimensão, como a OGMA, envolve desafios e estratégias distintas das de uma startup. Embora os princípios básicos da transformação empresarial com excelência operacional se apliquem a ambos, há nuances que diferenciam as abordagens.

Diferenças e Semelhanças:

  1. Complexidade das Operações:
    • Startups: Geralmente têm operações mais simples e menos departamentos, o que facilita a rápida implementação de mudanças.
    • Grandes Empresas: A complexidade é maior, envolvendo vários departamentos e processos interdependentes, o que exige uma coordenação cuidadosa.
  2. Cultura Organizacional:
    • Startups: Costumam ter uma cultura de inovação e flexibilidade, onde as mudanças são bem-vindas e facilmente implementadas.
    • Grandes Empresas: Têm culturas estabelecidas que podem resistir à mudança. É necessário gerir a transformação com empatia e envolver todos os níveis da organização.
  3. Escalabilidade das Mudanças:
    • Startups: Podem escalar rapidamente uma nova política ou tecnologia. A identificação do momento certo para implementar processos é crucial para manter a flexibilidade.
    • Grandes Empresas: A implementação deve ser bem planeada e faseada para evitar interrupções significativas nas operações diárias.

Exemplos Práticos:

  • Na OGMA, a transformação envolve a introdução de novas tecnologias e a melhoria dos processos existentes para aumentar a eficiência operacional. Por exemplo, aplicar princípios de gestão visual facilita a comunicação clara e a deteção rápida de desvios nos processos.
  • Em startups, a transformação pode focar-se na rápida prototipagem e validação de novas ideias de negócio, ajustando rapidamente com base no feedback do mercado.

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Questões Frequentes