29 de julho, 2024
Descobre as lições de vida e negócios de Rodrigo Rato, fundador da Fluxio, e a sua jornada diversificada.
Gerado pela Frigideira
Rodrigo Rato desenvolveu uma paixão precoce pelas motos quando tinha apenas 14 anos. O fascínio começou durante visitas à casa de amigos dos seus avós, onde teve a oportunidade de andar nas motas deles. Essas experiências despertaram o gosto pela condução e pela adrenalina das duas rodas.
Receber a sua primeira moto foi um marco importante. Em vez de simplesmente a usar, decidiu desmontá-la e remontá-la, um processo que alimentou ainda mais a sua curiosidade e deu início a uma série de aventuras mecânicas. Esse espírito curioso e autodidata de Rodrigo foi o que moldou a sua abordagem no mundo dos negócios e do empreendedorismo, revelando o seu desejo constante de aprender e inovar.
Rodrigo Rato iniciou-se no mundo dos negócios de uma forma bastante invulgar. O primeiro projeto foi a personalização de garrafas de vinho. O marido da mãe dele produzia vinho e Rodrigo, percebendo uma oportunidade de mercado, decidiu comprar garrafas sem rótulo e personalizá-las com etiquetas desenhadas por ele. Para isso, teve que aprender a usar o CorelDRAW e adquiriu posteriormente uma impressora Epson. O negócio começou a florescer, vendendo garrafas a amigos e empresas como o Correio da Manhã e a BMG Areola.
A seguir, deu um passo mais ousado e criou a sua primeira agência de publicidade em 1998. Juntando a paixão pelo marketing e a vontade de criar algo maior que ele próprio, fundou a Market Think enquanto ainda estava a concluir o curso de marketing. Esta agência permitiu-lhe escalar os seus negócios e profissionalizar a sua atividade, passando de pequenos empreendimentos a uma instituição com mais solidez.
Ambos os projetos revelaram o lado criativo e empreendedor de Rodrigo, mostrando a sua capacidade de encontrar soluções inovadoras e de transformar ideias em negócios reais.
Aos 20 anos, Rodrigo Rato enfrentou um desafio empresarial significativo ao tentar gerir uma fábrica de tubos de ventilação em Sintra. O projeto começou através do padrasto de um amigo, que recuperava empresas falidas. Rodrigo foi convidado para ajudar na recuperação desta fábrica, que produzia tubos Spiro e flexíveis de alumínio, galvanizado, e inox.
Rodrigo investiu o que tinha ganho de outros negócios, como a compra e venda de carros, mas rapidamente encontrou dificuldades. O mercado era extremamente competitivo, com concorrentes estabelecidos como a Cruz Gonçalves, e o produto era indiferenciado, sem margem para adicionar valor significativo. Além disso, gerir uma equipa de vendas que constantemente o desafiava revelou-se um grande obstáculo.
A experiência na fábrica tornou-se uma lição valiosa sobre os desafios da gestão e das operações industriais. Rodrigo aprendeu que não basta ter capital e vontade, é fundamental conhecer profundamente o mercado e possuir habilidades específicas para lidar com concorrentes e equipas. Este episódio marcou uma fase de aprendizagem crucial na sua jornada empreendedora.
Se estás interessado em mais histórias de aprendizagem através de desafios empresariais, confere como as dificuldades moldaram a carreira de Gonçalo Reis e a forma como superou obstáculos ao longo do caminho.
Em 2004, Rodrigo Rato, em parceria com um amigo e após um desafio do assessor municipal Rui Ramos Lopes, embarcou na aventura de criar a maior pista de gelo sintético da Europa. Localizada em Belém, a pista foi um projeto ambicioso que começou com a compra de 1000 metros quadrados de gelo sintético em Sevilha.
Os desafios foram inúmeros desde o início. Desde a afiação dos patins desgastados durante a primeira noite até à necessidade de importar pedras de afiação de Sevilha, cada obstáculo exigiu uma solução rápida e eficiente. Obstáculos técnicos não faltaram, mas a determinação e a criatividade de Rodrigo ajudaram a superar cada um deles.
Este projeto particular de Rodrigo Rato reflete bem o espírito do empreendedorismo em Portugal. Enfrentando dificuldades, encontrando soluções inovadoras e movido pela vontade de criar algo único, Rodrigo mostrou como é possível transformar uma ideia arrojada em uma realidade marcante.
Rodrigo Rato mostrou a sua criatividade ao enfrentar um desafio de redução de orçamento para presentes de Natal. Em 1999, uma empresa chamada PMP, que normalmente comprava garrafas de vinho personalizadas por Rodrigo, informou que queria reduzir os custos. Ele encontrou uma solução engenhosa: em vez de vinho, ofereceu garrafas de ar do milénio que estava a acabar.
Ao vender garrafas vazias com "ar do milénio passado", Rodrigo transformou um potencial problema num produto inovador. Este exemplo destaca não apenas a sua capacidade de adaptação, mas também a sua habilidade de encontrar oportunidades onde outros poderiam ver apenas obstáculos.
Se fores tão criativo quanto ele, quem sabe que outras ideias revolucionárias podes ter?
Rodrigo Rato desempenhou um papel fundamental na criação e desenvolvimento da Associação Salvador. Trabalhando como consultor para o pai de Salvador Mendes de Almeida, Rodrigo foi desafiado a ajudar na fundação da associação, que visava apoiar pessoas com deficiência motora.
O pai de Salvador, Vasco, percebeu o potencial do filho como líder da associação e a sinergia que poderia surgir entre a entidade e o seu filho. Rodrigo foi peça-chave ao estruturar o projeto, ajudando a transformar a visão em realidade, e a estabelecer as bases para o funcionamento da associação.
Apesar do seu papel inicial, Rodrigo continua a contribuir de maneira variável ao longo dos anos. O verdadeiro impacto da Associação Salvador é amplamente creditado ao trabalho árduo de Salvador e da sua equipa. Esta iniciativa teve um impacto significativo, promovendo a inclusão e a melhoria da qualidade de vida de muitas pessoas com mobilidade reduzida.
A participação de Rodrigo Rato evidencia que o empreendedorismo em Portugal pode também ter uma vertente social e humanitária, tornando a sua trajetória ainda mais inspiradora e multifacetada.
Rodrigo Rato e os seus co-fundadores criaram a Mashup com o objetivo de desenvolver uma ferramenta de produtividade pessoal. A ideia inicial era agregar redes sociais e outros conteúdos num único feed, permitindo aos utilizadores gerirem todas as suas contas a partir de um ponto central. A ambição era expandir para funcionalidades adicionais como calendários e e-mail, criando uma espécie de plataforma pessoal multifuncional.
No entanto, a realidade trouxe desafios significativos. A complexidade técnica e a diversidade de funcionalidades tornaram o desenvolvimento longo e complicado. Além disso, a equipe teve dificuldades em escalar o produto e captar a atenção do mercado de forma eficaz. Em vez de desenvolver uma solução simples e iterativa, a Mashup concentrou-se numa visão grandiosa, mas difícil de concretizar.
O verdadeiro ponto de viragem veio quando perceberam que, para ter sucesso, não deviam concentrar-se apenas em desenvolver um produto sofisticado, mas sim em criar um mercado para esse produto. Decidiram, então, pivotar o modelo de negócio, focando-se em soluções que respondiam diretamente às necessidades dos utilizadores, pivotando para um enfoque mais pragmático e orientado ao mercado.
Se estás interessado em conhecer mais sobre as dificuldades enfrentadas por startups ao mudar de direção, confere o artigo sobre como adaptar-se às necessidades do mercado.
A Fluxio é uma plataforma inovadora que está a transformar a gestão de sites. Oferece uma solução no-code, permitindo que profissionais de design e marketing construam e gerem sites sem necessidade de programação.
Essa abordagem revolucionária agiliza o processo, eliminando a dependência de desenvolvedores e permitindo ajustes frequentes nos sites de forma intuitiva e rápida. A Fluxio sustenta-se como uma ferramenta essencial em startups portuguesas que desejam manter os seus sites atualizados e alinhados com as necessidades do marketing digital.
A plataforma permite, por exemplo, que uma equipa crie e publique uma primeira versão de um site em poucos dias, testando e ajustando-o conforme necessário com base nas interações dos utilizadores. Esta flexibilidade é crucial numa era em que a presença online precisa estar em constante evolução para refletir a dinamicidade dos negócios.
Se queres conhecer mais sobre como as plataformas no-code estão a revolucionar o mercado, consulta o episódio sobre as plataformas no-code com Humberto Ayres Pereira.
Estas lições mostram a importância de um planeamento estratégico eficaz e a flexibilidade para se adaptar às necessidades do mercado.