29 de julho, 2024
Descobre as lições e estratégias de Ricardo Santos, co-fundador da Heptasense, para lançar uma startup de inteligência artificial no mercado competitivo.
Gerado pela Frigideira
A presença de um co-fundador pode ser uma das chaves para o sucesso de uma startup. Ricardo Santos e Mauro Peixe, co-fundadores da Heptasense, são um excelente exemplo de como essa parceria pode ser valiosa. Desde o início, ambos dividiram responsabilidades de forma clara. Ricardo, como CEO, focou-se em vendas, estratégia e interações comerciais. Por outro lado, Mauro, como CTO, concentrou-se no desenvolvimento técnico do produto. Essa divisão permitiu que cada um se especializasse em áreas diferentes, mas complementares.
Os co-fundadores também desempenham um papel crucial ao superar desafios. Momentos de dificuldade, como falta de financiamento ou necessidade de pivotar o modelo de negócio, exigem uma colaboração estreita e ideias alinhadas. A partilha de decisões difíceis e a capacidade de suporte mútuo reforça a resiliência da startup.
Como Ricardo mencionou, a experiência de trabalhar em conjunto remotamente antes de formalizar a empresa fortaleceu a sua relação profissional e deixou claro que ambos estavam comprometidos com o mesmo objetivo. Esta ligação é essencial para sustentar uma empresa em crescimento e garantir que os desafios não sejam enfrentados individualmente, mas sim como uma equipa sólida.
Para mais sobre a importância de uma equipa sólida em startups, podes ler a nossa entrevista com João Batista e ver como ele aborda esse tema fundamental.
Lidar com a falta de financiamento inicial é um dos grandes desafios de startups, mas há várias estratégias que podem ajudar:
Estas abordagens, combinadas, podem fornecer a base necessária para superar as fases iniciais mais complexas e lançar uma startup de inteligência artificial com sucesso. Se quiseres explorar mais sobre estratégias de financiamento, dá uma vista de olhos na nossa entrevista com Stephan Morais, onde discutimos várias metodologias de investimento.
Fazer um pivot no modelo de negócio pode ser crucial para o sucesso de uma startup. A Heptasense, de Ricardo Santos e Mauro Peixe, é um excelente exemplo de como realizar este processo de forma eficiente:
Para saber mais sobre como transformar desafios em oportunidades, pode ser útil explorar Como as startups queimam dinheiro c/ Sandro Batista onde são discutidas várias
Estabelecer parcerias com grandes empresas, como a BMW e a Mercedes, pode transformar completamente uma startup. Existem métodos eficazes para alcançar este objetivo.
Participar em concursos públicos é uma das estratégias mais eficientes. Muitas grandes empresas, incluindo a BMW, organizam concursos abertos a startups em busca de inovação. Ricardo Santos mencionou que a Heptasense conseguiu uma parceria com a BMW através de uma aplicação online específica para startups. Vencer esses concursos não só proporciona financiamento, mas também acesso a recursos valiosos.
Além disso, os programas de aceleração são outra excelente via. A Mercedes, por exemplo, foi abordada pela Heptasense através de um programa de aceleração em Espanha. Esses programas conectam startups promissoras com mentores e grandes empresas, facilitando a criação de parcerias estratégicas.
A networking é igualmente crucial. Participar em eventos de startups permite criar conexões valiosas. Utilizar redes como o LinkedIn para fazer uma abordagem pessoal pode resultar em bons leads, embora Ricardo destaque que raramente faz chamadas frias.
Utilizar parceiros que já têm relações estabelecidas no sector também pode ser uma ótima estratégia. Empresas como a Evris ajudam startups a conectar-se com grandes corporativas, simplificando o processo de entrada.
Estes métodos combinados podem aumentar significativamente as chances de estabelecer parcerias com grandes empresas e, assim, acelerar o crescimento de uma startup.
Para mais detalhes sobre como escolher o investidor certo, podes conferir a nossa discussão detalhada com Miguel Santo Amaro, onde ele partilha insights valiosos sobre este tema.
A Heptasense enfrenta diversos desafios éticos enquanto desenvolve suas tecnologias de inteligência artificial (IA). Entre os maiores está a proteção da privacidade dos utilizadores.
"Nós nunca vamos usar reconhecimento facial, nem nada que identifique as pessoas," afirma Ricardo Santos, CEO da empresa. A Heptasense decidiu não utilizar reconhecimento facial para evitar a invasão de privacidade. Isso demonstra um compromisso claro com a ética na tecnologia.
Além disso, a empresa preocupa-se com a utilização responsável da IA. Ricardo sublinha a importância de não invadir a privacidade com sistemas que criem perfis permanentes dos utilizadores.
"Uma câmara a cada 2km... estamos neste momento quando estamos a falar já houve quem reduziu a velocidade do seu carro na autoestrada não se precisa preocupar com a Eptasense."
Para quem se interessa pelos desafios éticos na robótica e IA, vale a pena ver também a nossa entrevista com João Neto.