29 de julho, 2024
Descobre como Mariana Duarte trouxe uma ideia de Londres que tornou Lisboa numa das cidades mais cool da Europa.
Gerado pela Frigideira
O Village Underground Lisboa é um espaço cultural independente situado na Estação de Alcântara, em Lisboa. O local destaca-se pelas suas características únicas, como as carruagens de metro transformadas em escritórios e espaços de co-working.
Este ambiente singular proporciona um espaço de trabalho inovador para profissionais das indústrias criativas. Além dos escritórios-carruagem, o Village está equipado para eventos culturais diversificados, que enriquecem a vida artística da cidade. É, sem dúvida, um dos espaços mais originais e dinâmicos de Lisboa, que atrai tanto residentes como visitantes.
A ideia do Village Underground Lisboa nasceu em Londres. Durante a sua estadia na capital britânica, Mariana Duarte conheceu Tom Foxcroft, o fundador do Village Underground London. Mariana trabalhava na Madame Management, uma agência que criara para agenciar DJs e artistas.
Um dia, Joana, a sua sócia, sugeriu que encontrassem um espaço novo. Foi então que descobriram as carruagens de metro transformadas em escritórios e espaços de co-working do Village Underground London. Fascinada pelo conceito, Mariana decidiu replicá-lo em Lisboa.
Após cinco anos de persistência, enfrentando obstáculos como a crise económica e dificuldades em encontrar o espaço ideal, Mariana conseguiu transformar este sonho em realidade. Hoje, o Village Underground Lisboa está situado na Estação de Alcântara, sendo um ponto de encontro para as indústrias criativas da cidade.
O Village Underground Lisboa é um verdadeiro refúgio para profissionais das indústrias criativas. Entre os seus residentes, encontramos uma variedade diversificada de talentos que contribuem para a vibração do espaço.
Músicos e DJs usam os contentores como estúdios para gravar e produzir novas melodias.
Designers, tanto de equipamento como gráficos, aproveitam o ambiente inspirador para dar largas à criatividade e inovação.
Produtores de publicidade ocupam alguns destes contentores, transformando ideias em campanhas impactantes.
Além disso, jornalistas que escrevem sobre música, como uma jornalista inglesa residente atual, encontram aqui um espaço estimulante para o seu trabalho.
O ecossistema inclui ainda arquitetos, profissionais ligados às redes digitais e ao desenvolvimento de software, todos unidos pelo desejo comum de criar e colaborar num ambiente único em Lisboa.
Em suma, o Village Underground Lisboa é um caldeirão efervescente de criatividade, onde diferentes profissionais se encontram e se influenciam mutuamente, criando projetos inovadores.
As iniciativas de Mariana Duarte são chave para a criação de uma forte comunidade no Village Underground Lisboa. Um dos pilares desta comunidade são os almoços mensais, onde os residentes se reúnem para conviver, partilhar ideias e formar novas parcerias. Estes encontros informais são fundamentais para fortalecer os laços entre os profissionais que ocupam os contentores.
Além disso, o Village organiza eventos de networking que incentivam a colaboração entre criativos de diversas áreas. Estes eventos são uma oportunidade para os residentes se conhecerem melhor e descobrirem sinergias para futuros projetos.
A própria estrutura do espaço, com áreas comuns atrativas, convida à interação espontânea. É comum ver profissionais a trocar ideias nos corredores ou a colaborar em projetos conjuntos, como foi o caso do Contentor 13, que resultou em três episódios transmitidos na RTP2.
Estas dinâmicas fomentam um ambiente de partilha e cooperação, tornando o Village Underground Lisboa um verdadeiro caldeirão de criatividade e inovação em Lisboa.
Implementar o Village Underground em Lisboa foi uma tarefa repleta de desafios para Mariana Duarte.
Primeiramente, a crise económica que assolou Portugal em 2008 trouxe grandes dificuldades. As oportunidades de investimento eram escassas e os recursos financeiros limitados, o que complicou o arranque do projeto.
Outro obstáculo significativo foi a dificuldade em encontrar um espaço físico adequado. Mariana procurou vários locais em Lisboa, mas muitos não reuniam as condições necessárias para replicar o conceito das carruagens de metro transformadas em escritórios e espaços de co-working.
Foi somente após anos de procura e de resiliência que encontrou na Estação de Alcântara o local ideal. A colaboração com entidades como a Câmara Municipal de Lisboa e a Carris também foi fundamental para o sucesso do projeto.
Enfrentando adversidades como crises económicas e barreiras logísticas, Mariana demonstrou uma notável capacidade de persuasão e perseverança ao não desistir do seu sonho. Este espírito resiliente foi crucial para transformar um conceito inovador numa realidade vibrante em Lisboa.
O Village Underground Lisboa destaca-se, não só pelos seus espaços inovadores, mas também pelas parcerias estratégicas com marcas e entidades culturais.
Esta colaboração é essencial tanto a nível nacional como internacional. Em Lisboa, o Village Underground tem trabalhado com diversas marcas, como a Montepio, a Santa Casa da Misericórdia e outras, para criar eventos culturais e iniciativas de responsabilidade social. Por exemplo, o projeto "Acorde Maior" foi possível graças ao financiamento de parceiros como a Montepio.
Internacionalmente, o relacionamento com o Village Underground London é uma constante troca de experiências e boas práticas. A colaboração inclui partilha de conhecimento, gestão e até a organização conjunta de eventos. Todas estas parcerias ajudam a sustentar e a fazer crescer o Village Underground, tornando-o num ponto incontornável para as indústrias criativas em Lisboa e reconhecido além-fronteiras.
Estas relações não só proporcionam meios financeiros, como também abrem portas para novas oportunidades de criação e inovação cultural, fortalecendo assim a comunidade artística.
Os planos futuros para o Village Underground Lisboa são promissores e ambiciosos. A continuidade dos eventos online, que já têm mostrado grande sucesso, estará garantida. Estas transmissões abrangem uma variedade de formatos, incluindo música, teatro, dança e até receitas de coquetéis, o que mostra a versatilidade do espaço.
Além disso, o foco será na consolidação do Village Underground como um centro cultural de referência, mantendo a oferta rica e diversificada. O desenvolvimento de parcerias estratégicas com marcas e instituições continuará a ser um eixo fundamental para sustentar a programação cultural de qualidade.
Há também planos de expansão para outras cidades, como Porto e Braga, embora os detalhes ainda estejam em fase inicial. A ideia é replicar o modelo criativo e comunitário de Lisboa, estendendo a rede e o impacto positivo a mais locais.
Com a visão clara de fortalecer a comunidade artística e criativa, o futuro do Village Underground Lisboa promete ser tão vibrante quanto o presente.