26 de julho, 2024
Descobre os impactos do 5G e da Internet das Coisas na nossa sociedade e economia.
Gerado pela Frigideira
A comunicação é uma necessidade fundamental para a humanidade. Desde os tempos antigos, o ser humano buscou formas de interagir e transmitir informações de maneira eficaz. No início, contávamos apenas com sinais de fumaça e mensageiros a cavalo. Com o avanço da tecnologia, estas formas primitivas deram lugar aos cabos de cobre e, eventualmente, às redes digitais.
Nos anos 80, Portugal destacou-se pela adoção das centrais digitais de comutação, permitindo ao país ter uma das melhores redes de telefones digitais do mundo. A evolução não parou por aí. As redes de fibra ótica surgiram como solução para a crescente demanda por transmissão de dados em alta velocidade. Semelhante à importância dos jornalistas na validação de informações1, as infraestruturas de telecomunicações são cruciais para a conectividade moderna.
A demanda constante por dados, exacerbada pela chegada da internet, mudou o paradigma das telecomunicações. Deixou de ser apenas uma questão de transmitir voz para se focar na transmissão de dados e informações massivas. Isso criou uma interligação global, possibilitando-nos estar conectados, seja a ouvir um podcast ou a trabalhar remotamente para empresas em qualquer parte do mundo.
As telecomunicações são a espinha dorsal da sociedade moderna, facilitando tudo desde negócios a comunicação pessoal e emergências de saúde.
A transição do foco em voz para dados revolucionou as telecomunicações. Nos anos 80, o principal objetivo era transmitir voz através de pares de cobre. Hoje, a digitalização total e o apetite voraz por dados impulsionam essa evolução.
O 5G desempenha um papel crucial. Com baixa latência e alta velocidade, esta tecnologia permite a transmissão de dados em tempo real, que é vital para aplicações como a condução autónoma e o metaverse. Estas inovações dependem de rapidez e precisão, tornado o 5G indispensável.
A Internet das Coisas (IoT) está também a transformar as telecomunicações. Ao ligar múltiplos dispositivos a uma rede, a IoT cria novas oportunidades, desde cidades inteligentes a aplicações industriais. Contudo, estes avanços trazem desafios como a necessidade de uma infraestrutura robusta para suportar a crescente demanda por dados.
Este paradigma está a abrir portas para novos modelos de negócios e a melhorar a eficiência em áreas que vão desde o consumo de energia até à logística.
A tecnologia 5G está pronta para revolucionar os negócios. Um dos seus maiores impactos será na criação de novos modelos operacionais, como o Metaverso. Este universo digital exigirá enormes quantidades de dados e baixa latência, algo que o 5G pode fornecer. Com a alta velocidade e respostas rápidas, experiências imersivas em tempo real serão finalmente possíveis.
Outro campo a ser transformado é a condução autónoma. Os carros inteligentes poderão processar grandes volumes de dados na cloud, reduzindo a necessidade de hardware pesado nos veículos. Através da baixa latência do 5G, as decisões de condução serão mais rápidas e seguras.
Além disso, o 5G permitirá que equipamentos sejam mais acessíveis. Com processamento na cloud, os dispositivos poderão ser mais simples e baratos. Esta mudança vai beneficiar uma ampla gama de indústrias, desde a saúde até à educação.
Esta transformação tecnológica, impulsionada pelo futuro das telecomunicações, oferece oportunidades inéditas. Quer seja em logística de alta precisão ou em experiências consumidor finais nunca antes vistas, o 5G está prestes a desbloquear um futuro repleto de inovação.
A gestão das infraestruturas de telecomunicações pode ser abordada de duas formas distintas: pelo Estado ou por entidades privadas. Em Portugal, a infraestrutura é predominantemente gerida por operadores privados, como a Altice, Vodafone e NOS. Esta abordagem tem vantagens e desvantagens que merecem ser analisadas para entender o que é mais benéfico para a sociedade.
Vantagens:
Desvantagens:
Países como Inglaterra adotaram uma abordagem diferente. A gestão das infraestruturas foi atribuída a organismos independentes, como a Openreach, que pertence ao Estado, mas opera de forma agnóstica, alugando o espaço a qualquer operadora que precise.
Este modelo tem os seguintes benefícios:
Desvantagens incluem:
Portanto, a escolha entre gestão estatal ou privada das infraestruturas de telecomunicações depende dos objetivos estratégicos de cada país e das necessidades específicas da sua população. Para uma perspetiva liberal sobre o papel do Estado, é interessante ver como Cotrim Figueiredo defende a função
Os conflitos bélicos têm historicamente acelerado a inovação tecnológica. Durante a Primeira e Segunda Guerras Mundiais, a aviação evoluiu rapidamente de aviões de madeira e tela para aviões a jato. Este impulso tecnológico foi crucial para o desenvolvimento de novas tecnologias.
Na guerra atual na Ucrânia, assistimos a um uso intensivo de drones e satélites. Estes drones, frequentemente comerciais e baratos, oferecem uma vantagem estratégica enorme. Permitem o reconhecimento de movimentos inimigos, tornando operações de precisão mais eficazes.
Além disso, a introdução do Starlink, uma rede de satélites, garantiu comunicação estável e rápida às forças ucranianas. Esta infraestrutura moderna foi decisiva para coordenar estratégias militares em tempo real. Portanto, as telecomunicações e a logística são fundamentais para o sucesso em conflitos atuais.
Assim como no episódio sobre agricultura de precisão, a tecnologia e o conhecimento são essenciais, mesmo na guerra.
A necessidade de superar desafios militares leva à rápida adoção e desenvolvimento de novas tecnologias, muitas das quais acabam por beneficiar a sociedade civil posteriormente.