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2 de novembro, 2024

OS TRUQUES DOS HOTÉIS DE LUXO PARA LUCRAR MILHÕES c/ José Theotónio

Descobre as estratégias por trás do sucesso dos hotéis de luxo e como eles maximizam os lucros através de modelos de negócio inovadores.

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Gerado pela Frigideira

O que significa 'explorar' um hotel?

Explorar um hotel vai além de simplesmente gerir um espaço de alojamento. Implica o controlo total das operações internas e das equipas que asseguram o funcionamento diário do local.

Na empresa de José Theotónio, a exploração hoteleira tradicional significa que todos os funcionários, desde rececionistas até aos chefes de cozinha, são parte da equipa interna. Este método é conhecido por criar um sentido de uniformidade e qualidade nos serviços prestados, mas representa um contraste notável face aos modelos de negócio hoteleiro modernos.

Hoje em dia, muitos grupos hoteleiros optam por separar a propriedade da gestão, adotando abordagens como o asset light, em que não possuem os ativos, apenas exploram o negócio. Esta mudança de paradigma permite às empresas focarem-se em maximizar a rentabilidade através da eficiência operacional, sem a obrigação de gerir grandes equipas internamente.

Interessado em métodos inovadores no setor hoteleiro? Descobre o que torna o Selina diferente no mundo da hotelaria.

Como evoluíram os modelos de negócio hoteleiro?

O mercado hoteleiro passou por transformações marcantes ao longo dos anos. Aqui estão alguns pontos chave:

  • Propriedade e Operação Conjunta: Tradicionalmente, muitas empresas hoteleiras possuíam e operavam os seus próprios ativos. Este modelo centralizava a gestão e as operações internamente, como evidenciado por empresas como a Malabarista José Theotónio:
  • Separação de Ativos e Operações: Num esforço para maximizar a rentabilidade, muitas companhias começaram a desmembrar a propriedade das operações. A ideia era aliviar o balanço patrimonial das grandes empresas, optando por arrendar ou operar hotéis sem possuir os ativos.
  • Modelos Asset Light e People Light: Recentemente, as grandes cadeias hoteleiras abraçaram conceitos como o asset light, focando-se apenas na exploração e não na posse física, e o people light, onde as equipas são muitas vezes terceirizadas.

Esse movimento levou a uma crescente popularidade de modelos como o franchising em hotelaria, permitindo que marcas globais expandissem rapidamente sem grandes investimentos iniciais.

Quem são os principais investidores em hotéis atualmente?

Os principais investidores no setor hoteleiro são companhias de seguros e fundos de pensões. Estes grandes jogadores trazem enormidade de capital para o mercado, possuindo a capacidade de financiar empreendimentos robustos.

As companhias de seguros e os fundos de pensões colocam dinheiro em fundos de investimento ou compram diretamente os ativos hoteleiros já finalizados. Desta forma, evitam os riscos inerentes à construção e concentram-se na valorização dos ativos.

No entanto, o papel destes investidores vai além de simplesmente injetar dinheiro. Eles buscam garantir que as suas investigações sejam rentáveis a longo prazo, selecionando cuidadosamente onde e quando investir. Isso permite que empresas sem os recursos financeiros necessários se aventurem em novos projetos hoteleiros através de parcerias estratégicas.

Por isso, a relação entre investidores e operadores é fundamental, envolvendo acordos complexos e alinhados para minimizar os riscos em operações hoteleiras.

O que é um modelo 'Asset Light' e 'People Light'?

Os modelos Asset Light e People Light são estratégias utilizadas por grandes cadeias hoteleiras para maximizar a rentabilidade sem acumular ativos e recursos humanos extensivos.

No modelo Asset Light, as empresas focam-se apenas na exploração hoteleira sem possuir os ativos físicos. Isso significa que não compram terrenos nem constroem os hotéis, mas podem operar ou licenciar a sua marca em hotéis pertencentes a investidores terceiros.

Este modelo permite-lhes expandir rapidamente sem pesados investimentos de capital.

Por outro lado, no modelo People Light, as operações e recursos humanos são frequentemente terceirizados. As grandes cadeias mantêm apenas a gestão estratégica e a supervisão da marca, permitindo uma gestão eficiente e reduzindo os custos laborais.

Estes modelos combinados oferecem flexibilidade, permitindo que as cadeias hoteleiras contem com uma estrutura de custos mais leve e, ao mesmo tempo, expandam o seu alcance global de forma eficaz. Em suma, maximizam a rentabilidade, minimizando os riscos associados à posse e operação direta de ativos hoteleiros.

Como funciona o franchising na hotelaria?

Na hotelaria, o franchising funciona como uma parceria onde uma marca concede a licença de uso a operadores independentes. Estes operadores, por sua vez, beneficiam da notoriedade e estrutura da marca para atrair clientes.

Um exemplo é o Ibis, uma das marcas da Accor, que oferece uma experiência consistente em hotéis pelo mundo inteiro. Tal como o McDonald's no setor da restauração, o Ibis padroniza a construção e serviços para garantir que o cliente tenha a mesma experiência, seja em Portugal ou na China.

Este modelo permite que as cadeias hoteleiras se expandam sem investir diretamente em cada nova unidade. Os operadores pagam uma taxa de franquia à marca, que lhes fornece apoio em termos de marketing e operações. Desta forma, as grandes marcas maximizam a rentabilidade, explorando diversos locais sem deter ativos diretamente, tal como a estratégia de gestão de ativos hoteleiros.

Quem corre o risco num hotel vazio?

Quem realmente assume o risco financeiro quando um hotel está vazio? De forma geral, o maior risco recai sobre o proprietário, o "owner" do hotel.

Dependendo do tipo de contrato, o proprietário enfrenta desafios se as rendas condicionadas não forem cumpridas. Contratos de gestão, por exemplo, podem envolver pagamentos baseados na performance, deixando o owner mais vulnerável.

A maioria das rendas são variáveis, ajustando-se aos lucros. Quando o hotel está vazio, quem enfrenta o impacto direto são os proprietários. Eles dependem frequentemente do sucesso operacional para evitar prejuízos.

Por outro lado, os operadores podem ter contratos estabelecidos com base numa taxa fixa, reduzindo o seu risco. Contudo, se a ocupação baixa persistir, eles também sofrem com a falta de rendimento.

Em suma, os contratos são chave. Eles definem até que ponto os riscos são partilhados entre proprietários e operadores. A escolha e gestão desses contratos determinam quem sairá ileso, quando as reservas escasseiam.

Questões Frequentes