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26 de julho, 2024

#93: Os dois amores da Filipa - A rádio e a "Mamii" c/ Filipa Galrão

Descobre como a Filipa Galrão equilibra a paixão pela rádio com o seu projeto empreendedor, a Mami.

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Gerado pela Frigideira

A rádio está a desaparecer?

A rádio está a perder relevância com o avanço da tecnologia e as novas gerações? Filipa Galrão acredita que não. Apesar da percepção de que os jovens ouvem menos rádio, os estudos e as audiências revelam outra realidade. Em Portugal, 51% da população ouve rádio, e este número tem-se mantido estável entre 48% e 53% durante os últimos 13 anos.

José Serra destaca que a rádio tem apenas 100 anos, uma existência curta considerando a história dos meios de comunicação. Com o surgimento da televisão e das redes sociais, poderia esperar-se um declínio acentuado na audiência da rádio. Contudo, a rádio tem-se adaptado e transformado, mantendo a sua relevância.

A rádio não é apenas o tradicional FM. Atualmente, ela está presente em diversas plataformas digitais. Galrão acredita que a credibilidade da rádio e da televisão ainda ultrapassa a das redes sociais, pois existe uma confiança no profissionalismo dos locutores, algo que falta nos meios digitais.

No entanto, a evolução tecnológica afeta todos os meios de comunicação, e a rádio não é exceção. Adaptar-se às novas tendências é essencial para manter a sua posição. Por isso, a transformação é uma constante no mundo da rádio, permitindo-lhe continuar a ser um meio importante na sociedade.

Ler mais sobre as mudanças nos meios de comunicação no nosso episódio sobre as revistas e jornais.

Como a rádio se adapta às novas tecnologias?

A rádio, tradicionalmente conhecida pelo FM, encontra hoje novas formas de se adaptar ao ritmo acelerado da tecnologia. Aqui estão algumas estratégias:

  • Presença em Plataformas Digitais: As rádios não estão mais confinadas às ondas FM. Elas expandiram a sua presença para plataformas como Spotify e YouTube, alcançando audiências mais jovens e conectadas.
  • Criação de Podcasts: Muitas emissoras produzem podcasts para complementar a programação ao vivo, oferecendo conteúdo on-demand que pode ser consumido a qualquer momento.
  • Interação nas Redes Sociais: Utilizam redes sociais como TikTok, Instagram e Facebook para interagir diretamente com os ouvintes, criando uma comunidade envolvente e dinâmica.
  • Segmentação de Publicidade: A rádio começou a oferecer publicidade segmentada em diferentes plataformas, ajustando as campanhas para audiências específicas e aumentando o seu alcance.
  • Vídeos e Transmissões ao Vivo: Adotaram a filmagem de programas de rádio, permitindo que o conteúdo seja consumido em formato de vídeo, como mencionado nos episódios anteriores sobre transformação digital.

Estas são algumas das formas inovadoras que preservam a relevância da rádio no cenário moderno, adaptando-se continuamente às novas tecnologias e preferências das audiências.

Quais são os desafios da televisão face às redes sociais?

A televisão enfrenta sérios desafios para se adaptar às novas tecnologias, algo que difere significativamente da rádio. Primeiramente, a televisão perdeu audiência para plataformas como YouTube e redes sociais, que oferecem conteúdo mais rápido e diversificado.

As televisões continuam a usar um modelo de publicidade tradicional em que os anúncios são inseridos nos intervalos. Já nas redes sociais, a publicidade está mais segmentada e personalizada, atingindo públicos mais específicos e aumentando a eficácia das campanhas.

Além disso, a televisão esforça-se para criar conteúdos de entretenimento que consigam capturar a atenção do público. Programas de longa duração e telenovelas precisam de manter os espectadores envolvidos por mais tempo, ao contrário das redes sociais, onde o conteúdo é consumido rapidamente e de forma diversificada.

Outro desafio está na credibilidade e na forma de apresentar notícias. Enquanto a rádio e a televisão têm jornalistas experientes e formatos consolidados, as redes sociais oferecem uma avalanche de conteúdos sem verificação, gerando desinformação.

Para manter a sua relevância, a televisão deve reforçar a sua transformação digital, adaptando-se à forma como o público consome conteúdo atualmente, e focar-se na criação de valor que as redes sociais não conseguem oferecer de forma consistente.

O que é a Mami e como surgiu a ideia?

A Mami nasceu de uma necessidade prática e pessoal de Filipa Galrão e uma amiga. Durante a licença de maternidade, ambas perceberam a falta de roupa adequada para mães que amamentam. Filipa, que sempre detestou camisas, viu-se restringida a elas por causa da praticidade dos botões para amamentar.

Juntas, decidiram criar uma marca dedicada a este nicho específico. Começaram por fazer uma análise de mercado, constatando a carência de marcas focadas exclusivamente em roupa para amamentação. Encontraram uma nos Estados Unidos, mas sem a exclusividade de atender a esta necessidade. Esta constatação validou a sua ideia.

A partir daí, reuniram-se com amigos web designers e costureiras para desenvolver os primeiros protótipos. Criaram um logo, um site e mobilizaram uma rede de contactos para ajudarem no desenvolvimento da marca. Rapidamente, organizaram um evento de lançamento com influencers e amigos, criando uma campanha no Instagram e vendendo as primeiras peças online.

A Mami tornou-se uma marca que, além de oferecer roupas práticas e bonitas, promove a amamentação. Estabeleceram parceria com a Clínica Amamentos para oferecer apoio às mães através do site, tornando-se uma referência para quem procura roupas de amamentação. Algo semelhante à forma como lançamos e apoiamos novos negócios no nosso podcast, é verdade?

Quais foram os maiores desafios na criação da Mami?

  • Conciliar Licença de Maternidade e Negócio: Iniciar a Mami enquanto cuidavam dos recém-nascidos foi um grande desafio para Filipa e a sua colega, exigindo uma gestão eficaz do tempo.
  • Falta de Experiência: Nenhuma das fundadoras tinha experiência prévia em negócios ou na indústria de moda, tornando cada passo um desafio de aprendizagem.
  • Identificação de Costureiras Qualificadas: Encontrar costureiras que compreendessem a visão e a qualidade exigida pela Mami foi complicado e demorado.
  • Produção Escalável: Decidir entre produção manual e massificação, optando pelo trabalho artesanal para garantir a qualidade, mas enfrentando limitações na capacidade de produção.
  • Tempo Parcial Dedicado ao Negócio: A Mami nunca foi o emprego a tempo inteiro de Filipa, e gerir uma marca em crescimento com tempo limitado foi um desafio constante, especialmente durante a pandemia.
  • Marketing e Lançamento: Criar estratégias de marketing eficazes e organizar o evento de lançamento da marca exigiu um esforço significativo, dada a falta de recursos e experiência em marketing.

Estes foram alguns dos obstáculos que Filipa Galrão e a sua equipa enfrentaram ao transformar uma simples ideia numa marca reconhecida no mercado de roupas para a amamentação.

Quais são as estratégias de crescimento da Mami?

Para crescer no mercado, a Mami adotou diversas estratégias inovadoras e focadas na missão da marca.

Uma das principais foi a parceria com a Clínica Amamentos, em Lisboa. Esta colaboração permitiu à Mami oferecer mais do que roupas: criou um espaço informativo e de apoio para mães que amamentam. No site, uma médica especializada respondia a dúvidas sobre amamentação, reforçando o compromisso da marca com a saúde e o bem-estar das mães e bebés.

Além disso, a Mami personaliza as suas peças de roupa, oferecendo produtos feitos à medida. Esta abordagem artesanal permite que cada peça vá ao encontro das necessidades específicas de cada cliente, garantindo qualidade e exclusividade. Ao optar por trabalhar com costureiras em vez de fábricas, a Mami assegura a produção cuidada e a atenção ao detalhe.

Outro aspecto crucial foi a exploração das redes sociais para lançamento e comunicação da marca. Eventos de lançamento e a colaboração com influencers ajudaram a aumentar a visibilidade e a criar uma base de clientes leal.

Estas estratégias permitiram à Mami não só destacar-se no mercado, mas também criar uma relação de confiança e envolvimento emocional com os seus clientes.

A Mami é um exemplo de como alinhar missão, qualidade e inovação pode impulsionar o crescimento de uma marca num nicho específico. Aproveita e lê mais sobre desafios de criar uma marca de raiz.

Como é que a Mami se diferencia no mercado?

A Mami destaca-se no mercado com várias estratégias inovadoras e focadas nas necessidades das mães que amamentam. Aqui estão os principais fatores que a diferenciam:

  • Missão da Marca: A Mami não é apenas uma marca de roupa; tem uma missão clara e forte de apoiar as mães na amamentação, criando um vínculo emocional com os clientes.
  • Personalização: Oferece peças de roupa feitas à medida, adaptadas às necessidades específicas de cada cliente, assegurando não apenas a qualidade, mas também a exclusividade.
  • Parceria com a Clínica Amamentos: Esta colaboração permite à Mami fornecer um espaço informativo e de apoio no site, reforçando o compromisso com a saúde e o bem-estar das mães e bebés.
  • Qualidade Artesanal: Prefere trabalhar com costureiras, em vez de fábricas, para garantir um trabalho mais minucioso e manual, enfatizando a qualidade e o cuidado em cada peça.
  • Abordagem Educativa e de Apoio: Ao criar conteúdos de apoio e incentivar a amamentação, a Mami posiciona-se como uma referência confiável no mercado, diferente das marcas generalistas.

Esses fatores fazem da Mami uma marca única e memorável, alinhada com uma missão que ressoa fortemente com o seu público-alvo, criando uma ligação de confiança e lealdade.

Questões Frequentes